Planejar o currículo envolve a soma das experiências vivenciadas pela escola. Nesse planejamento deve-se levar em conta a realidade da escola e não apenas aos objetivos estabelecidos pelo município ou PCNs. Para contemplar as dimensões do currículo é necessário que a escola reflita:
· Sobre o que considera sociedade e cidadão (dimensão filosófica);
· A realidade social com a qual está lidando, para que possa atender ás necessidades do grupo, bem como trabalhar de forma dinâmica e atual (dimensão sócio-antropológica);
· Sobre o desenvolvimento psicológico do aluno. “Como a criança aprende?” Nem todos possuem o mesmo “ritmo” de aprendizagem e como trabalhar com essa diversidade (dimensão psicológica).
Podemos concluir que o planejamento do currículo numa perspectiva mais ampla, deve ponderar a realidade na qual os alunos estão inseridos e adaptar (numa tentativa de atender às peculiaridades) as sugestões apresentadas pelo Conselho Estadual de Educação. Essas orientações, por sua vez, têm base nas diretrizes do Conselho Federal de Educação, que refletem a política educacional expressa na Constituição.
A participação na elaboração do currículo envolve todos aqueles que estão ligados à dinâmica do processo educativo, seja de forma direta ou indireta: diretor, supervisor pedagógico, orientador educacional e professores, envolvendo ações e situações constantes de interação entre professor e alunos e entre alunos e alunos.
O educador precisa questionar o seu conceito de educação, aprendizagem e por sua vez, o que considera currículo. Ele deve preocupar-se também com o papel social da escola, onde o aluno não é um ser passivo e que deve apenas “assimilar” conteúdos impostos por uma educação bancária, autoritária e reprodutora dos interesses da classe dominante. Nessa visão, o currículo não deve ser encarado como a mera distribuição de disciplinas/matérias ou carga horária do trabalho escolar, mas sim como a vida escolar da criança, de seus pais e professor, além de todo o programa da escola, aliadas às atividades extraclasse. Além de trabalhar esse currículo explícito, a escola também é responsável por desenvolver o currículo oculto, no que diz respeito à transmissão de valores, normas e comportamentos.
A adoção de um currículo globalizador contribui para a auto-realização e motivação do aluno, por trabalhar diretamente com a sua realidade. Sentindo-se motivado, incentivado, respeitado e encontrando a relação entre a prática e o ensino escolar, o aluno aprenderá como exercer o seu papel como cidadão na construção de um futuro melhor.
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